POSTADO ORIGINALMENTE EM 03 DE DEZEMBRO DE 2009
Esta máscara não é um mero vestígio de vaidade. É um vestígio da vox populi, que não mais existe.
No entanto, esta valente visita de um irritante ser ultrapassado, visa varrer esses vermes venais e virulentos da vanguarda do vício que permitem a viciosa e voraz violação da vontade"
É assim que começamos a falar de V de Vingança, com o poema que V(Hugo Weaving) utiliza para se apresentar a Evey(Natalie Portman), logo após salvá-la dos Homens Dedo. A primeira cena em que o herói máximo do cinema do novo milênio produziu. E que figura como um dos 5 melhores filmes dos últimos 10 anos.
O filme se passa numa Inglaterra do futuro, dominada por um regime totalitarista, sob as garras de um ditador, Adam Sutler(John Hurt). Mas mesmo sendo passado no futuro, temos um mundo tecnologicamente muito parecido com o nosso, e o regime ditatorial que vemos é muito conhecido para nós brasileiros. As torturas, as prisões e perseguições e o controle da mídia. Tudo muito parecido com o regime militar que houve no Brasil. Mas é em meio a este senário que surge V. O herói máximo. Um herói que luta por um ideal e que mesmo sendo caçado, caluniado e odiado, continua seguindo seu objetivo, e morre por ele.
V de Vingança não é um filme de grandes efeitos especiais nem é um dos maiores orçamentos do cinema. Mas tem o brilhantismo de dois roteiristas que dispensam apresentações, os Irmãos Wachowsky, e com atuações impecáveis de Natalie Portman e Hugo Weaving. O que nos leva de volta a figura de V, por que é curioso e importante ressaltar o trabalho impressionante deste grande ator, que conseguiu dar veracidade e expressividade e transmitir as emoções de um personagem que não mostra seu rosto uma única vez durante todo o filme, nem fala de seu passado ou seu nome. Vive, luta e morre como V, e com a máscara de Guy Fawkes.
Tanto que no fim, quando o Inspetor Finch(Stephen Rea) pergunta:"Quem era ele?" Evey responde: "Ele era Edmond Dantes, era meu pai, minha mãe, meu irmão, meu amigo. Ele era eu, era você, era todos nós."
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